Vou aproveitar este post para dar uns pequenos e básicos conselhos sobre alguns aspectos importantes na Eletrónica.
Como já afirmei, não somos especialistas na área, pelo que muitos conceitos poderão não estar absolutamente precisos. Qualquer correção é apreciada!
Breadboards:
Uma breadboard, ou placa de prototipagem (ou até mesmo placa de ensaio e matriz de contacto!), é uma placa que permite a montagem de circuitos sem necessidade de soldar os componentes.
Variam normalmente entre 800 e 6000 furos, onde se inserem os componentes.
Na sua base têm contactos metálicos que interligam eletricamente esses orifícios:
Se compararem as duas placas na imagem acima, podem ver que os orifícios do meio estão ligados na horizontal e os laterais na vertical. Normalmente aplica-se a carga positiva de um lado, a negativa do outro, utilizando os orifícios centrais para o circuito propriamente dito.
Ora um exemplo:
LED's ligados em paralelo. Mesmo que um funda, os outros continuam acesos, pois o circuito continua completo |
Como podem ver, o fio vermelho liga a corrente ao primeiro orifício da breadboard, que está interligado com os 4 seguintes, chegando aos 3 LED's. O fio verde fecha o circuito (está ligado à Massa) e todos os LED's estão interligados pelo mesmo motivo. É um conceito muito simples, mas importante dominar para não correr o risco de fazer um curto-circuito:
Ligações numa Breadboard tradicional |
Resistências:
Já todos devem ter visto estes pequenos componentes eletrónicos. Basicamente o que eles fazem é opor-se à passagem de corrente elétrica. Quanto maior o seu valor, mais se opõem.
Existem fórmulas simples para calcular o valor necessário de resistência, no entanto, neste momento basta saberem diferenciar as resistências. Os nossos circuitos indicam sempre os valores necessários.
As resistências têm 4 riscas que indicam o seu valor, devendo ser sempre lidas da esquerda para a direita (sendo a primeira risca a que está mais próxima da sua extremidade e á direita ficando um espaço vazio).
As primeiras duas riscas indicam o número (1º e 2º dígito), a terceira indica o multiplicador e a quarta a tolerância. Para já, a quarta é indiferente, sendo o que utilizamos a cor dourada, que indica uma tolerância de 5%.
Podem utilizar o código de cores disponível em http://www.ealnet.com/m-eal/resistor/resistor.htm (ou façam como eu: google resistor color code!).
Se eu vos pedir uma resistência de 220 Ohm, na tabela vocês inserem o primeiro e segundo dígito como número 2 e utilizam um multiplicador de 10 (22 x 10 = 220). Dará uma resistência com o código de cor Vermelho-Vermelho-Castanho. Para tirar todas as dúvidas, logo acima da tabela aparece uma imagem das cores e o valor dessa resistência.
Se, por outro lado, tiverem uma resistência e quiserem saber o seu valor, façam o inverso: escolham a cor correspondente aos números.
Aponto também que as resistências não têm polaridade, podendo ser ligadas da forma que bem entenderem. Mas, para facilitar a leitura, aconselho a colocarem-nas sempre na mesma direção - normalmente com a risca dourada do lado direito. Assim evitam que se vire o circuito várias vezes para ler o valor da resistência.
Para começarem, o ideal será adquirir resistências de vários valores até 10 KOhm (10000 Ohm) - Castanho-Preto-Laranja. Nada acima disso será necessário, nem abaixo de 100 ou 200 Ohm. Portanto além do valor que falei acima, adquiram várias resistências com a última risca Castanha e Vermelha. Se tiverem alguma diversidade não haverá dificuldade em fazer os nossos circuitos (se, por algum motivo, não tiverem uma resistência com o valor exacto pedido, podem utilizar um valor aproximado, preferencialmente arredondado para cima).
Para começarem, o ideal será adquirir resistências de vários valores até 10 KOhm (10000 Ohm) - Castanho-Preto-Laranja. Nada acima disso será necessário, nem abaixo de 100 ou 200 Ohm. Portanto além do valor que falei acima, adquiram várias resistências com a última risca Castanha e Vermelha. Se tiverem alguma diversidade não haverá dificuldade em fazer os nossos circuitos (se, por algum motivo, não tiverem uma resistência com o valor exacto pedido, podem utilizar um valor aproximado, preferencialmente arredondado para cima).
Há dúvidas?
Não? Vamos prosseguir!
Circuitos:
Devem aprender a ler circuitos para se tornarem eficazes nesta área. Não é complicado, é só utilizar a lógica.
As formas mais básicas de demonstrar um circuito é uma imagem de uma breadboard onde é só ver onde se colocam os componentes:
Desta forma é fácil, e será o método principal que iremos utilizar. No entanto a forma correta de apresentar circuitos eletrónicos é outra e deve ser entendida. O circuito anterior pode ser também exemplificado da seguinte forma:
Como sabem, o Arduino é, basicamente, um micro-controlador. Um chip. Um circuito integrado. Ele é montado de forma a que seja fácil de fazer as ligações eletrónicas e carregar programas. No entanto cada pino corresponde a uma entrada.
Se analisarem estas duas imagens, podem ver que dizem exatamente o mesmo:
- A Massa (GND) está ligada à resistência;
- A resistência está ligada ao botão;
- O botão está, também, ligado ao Pino Digital 2 (D2 a partir de agora!) e ao 5v.
Um pequeno a parte...
Se estiverem atentos apercebem-se que na segunda imagem mostra a resistência e o pino D2 a ligarem exatamente no mesmo local ao botão. E o botão só tem 2 pinos, enquanto que na primeira imagem tem 4.
...
Já chegaram lá?
Perfeito!
Sim, os 2 pinos do lado direito do botão estão interligados, e os 2 pinos do lado esquerdo também. Logo, é indiferente quais os pinos que escolham, desde que tenham atenção que o botão completa o circuito entre os 2 pinos da direita com os 2 da esquerda, ou seja, horizontalmente, e não verticalmente.
O circuito da primeira imagem funcionaria de igual forma caso o D2 estivesse ligado diretamente no orifício imediatamente abaixo da resistência. Ou no de baixo. Ou no seguinte...
Acho que já perceberam!
E agora que já ficaram com umas pequenas bases de como isto funciona, podem brincar com estes conceitos para entenderem melhor!
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